Diante do atual cenário mundial, não há dúvida de que os nossos recursos caminham para o…
Diante do atual cenário mundial, não há dúvida de que os nossos recursos caminham para o esgotamento e que as grandes empresas precisam explorar um novo mercado. Sendo assim, a atenção e os investimentos agora estão voltados para as cidades.
A partir disso, surgiu a expressão “cidades inteligentes”, que já ganhou a consideração de profissionais e acadêmicos de diversas áreas. Nesse contexto, a união de alguns fatores dá forma ao conceito. Agora, os espaços urbanos começam a ter suas estruturas totalmente repaginadas e renovadas.
E o maior objetivo dessa transformação é humanizar os ambientes pela tecnologia. Mas o que tudo isso quer dizer e por que é tão importante? É o que vamos explicar no artigo de hoje.
Para começar, as cidades inteligentes têm como foco oferecer para a sociedade mais qualidade para se viver. Aqui, as pessoas interagem em um cenário onde a energia, os materiais, os serviços e o financiamento são utilizados de forma sustentável e, como consequência, aumentam também o desenvolvimento econômico.
Esse conjunto de ações é visto como inteligente porque trabalha de maneira estratégica a infraestrutura, os serviços de tecnologia da informação e as ferramentas de comunicação em prol do planejamento e da gestão urbana. Com isso, a sociedade tem respostas mais efetivas a respeito de suas questões urbanas e relacionadas à economia.
As dimensões envolvidas para definir o nível de inteligência de uma cidade são: governança, administração pública, planejamento urbano, tecnologia, meio ambiente, conexões internacionais, coesão social, capital humano e economia. Entretanto, muito mais do que medir tais índices, é preciso considerar o que pode realmente ser mudado para tornar a cidade mais inteligente.
Um exemplo disso é o Rio de Janeiro, que aprimorou os seus sistemas de condução para receber a Copa do Mundo de Futebol, em 2014. Os resultados continuaram com efeito no transporte municipal mesmo após o término do evento e mostrou que uma cidade grande e antiga tem capacidade de se transformar pouco a pouco.
As cidades inteligentes contam com a participação de toda a população para definir suas leis e projetos. Nelas, os líderes permitem que a sociedade acesse informações, dados e gastos governamentais, que buscam em conjunto a diminuição da desigualdade social.
Dessa maneira, os moradores passam a ter muito mais integração com o local em que vivem. Como a fragmentação das cidades e regiões enfraquece qualquer estratégia, o foco é sempre a união que transforma as pessoas em um conjunto orgânico.
Para que tudo isso fique interligado, a tecnologia entra em cena. É por meio dela que um bom planejamento poderá ser desenvolvido, considerando os recursos disponíveis e a realidade dos habitantes em questão.
A cidade de Songdo, na Coreia do Sul, é um modelo de cidade inteligente desenvolvida do zero e que serve para ilustrar esse ponto. As suas edificações são todas planejadas visando à eficiência energética, e têm o acesso totalmente informatizado. Até mesmo os sistemas de água e eletricidade são eletrônicos e permitem monitoramento e respostas imediatas às necessidades dos moradores.
Sensores detectam condições de trânsito, reprogramam semáforos e ajudam a eliminar pouco a pouco a necessidade de coleta de lixo. Mas é preciso observar que o conceito de cidade inteligente muda bastante de acordo com cada parte do mundo — é importante se ater a condições favoráveis e prioridades de cada lugar.
As cidades inteligentes já movimentam bilhões de dólares por ano. Uma cidade mais conectada é também mais eficiente e, por isso, as empresas não podem perder tempo em investir para que isso aconteça. A maior parte da movimentação desse dinheiro vem da gestão de energia, mas as soluções para transporte e outras áreas começaram a ganhar notoriedade também.
Com o aumento da demanda por parte de setores públicos, a tendência é que mais empresas se envolvam no processo e gerem ainda mais receita para os municípios. Mas esses não são os únicos motivos para que essa aproximação aconteça. Existem outros fatores considerados como benefícios.
A definição de mobilidade social compreende a possibilidade de um indivíduo subir de escala social. Empresas que estabeleçam posicionamento dentro de cidades inteligentes estarão aptas a contribuir bastante para esse fator. Por meio delas, será possível fomentar a geração de empregos e, com o envolvimento da sociedade nos processos de evolução, muitos trabalhadores poderão migrar de posição e terem alterações positivas na renda.
Um projeto japonês chamado Fujisawa SS, que envolve cerca de 18 empresas participantes, tem como objetivo diminuir 70% das emissões de carbono e 30% do consumo de água dentro de uma cidade inteligente. São ações como essa que respeitam o meio ambiente e conscientizam a respeito da preservação da natureza.
Ao ver os resultados de projetos como esse, a população passa a se envolver ainda mais com práticas sustentáveis, e todo um trabalho colaborativo começa a ser construído. Essa é outra intenção das cidades inteligentes: criar um ciclo de fluxo de atividades que contribua para a educação ambiental.
A qualidade de vida estará garantida para toda a população, mas quem está próximo da empresa terá a oportunidade de conviver com essa questão de maneira mais direcionada. Os profissionais e moradores vizinhos da organização poderão ver na prática todas as iniciativas e soluções propostas pela empresa, que também estarão disponíveis para serem monitoradas.
Essa visibilidade concede ainda mais proximidade com a população, uma vez que as cidades inteligentes prezam bastante o envolvimento de seus habitantes. É fundamental que os projetos envolvam muitas pessoas e que as opiniões gerais sejam pesadas.
Aqui, cabe mais uma vez reforçar a importância de um trabalho conjunto entre setores privados e públicos. Ambos devem caminhar juntos em suas determinações, para que haja equilíbrio constante.
As cidades inteligentes já deixaram de ser um sonho, e hoje atuam como uma necessidade fundamental de sobrevivência para o futuro. Inspire-se nas informações deste texto e comece a pensar em estratégias que contribuam para que isso aconteça.
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